sábado, 14 de março de 2015

Analisador de hemoglobina glicada ou HPLC

Post atualizado em 25/02/201
 
 
O que é o HPLC ?

HPLC significa Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (em inglês, HPLC – High Performance Liquid Chromatography). Antes do HPLC estar disponível, a análise por CL era feita pela passagem do eluente (o solvente usado na CL) usando a força da gravidade e, portanto, exigia várias horas para ser completada. Mesmo as melhorias posteriores reduziram pouco o tempo de análise. Aqueles sistemas clássicos/iniciais de CL são chamados de “cromatografia de baixa pressão” ou “cromatografia em coluna”.
Nos anos 1970, nos EUA, Jim Waters fundou a Waters Corporation e começou a vender equipamentos para HPLC, o que promoveu o uso da técnica em áreas de análises práticas. Os sistemas de CL que a Waters Corporation desenvolveu usavam uma bomba de alta pressão, que gerava um fluxo rápido de eluente e, assim, resultava em uma melhoria enorme no tempo de análise. Por analogia com a “cromatografia de baixa pressão”, o novo tipo foi chamado de “cromatografia líquida de alta pressão”. Por isso, achava-se que a sigla HPLC significava Cromatografia Líquida de Alta Pressão (atualmente, no entanto, é consenso chamar de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Outra grande mudança em relação ao tempo de Tswett foi o método de aquisição de dados. Ao invés de observar as mudanças das camadas a olho nu, um sistema de detecção foi acoplado à saída do HPLC, registrando em papel.


Componentes do HPLC

Sistemas HPLC típicos consistem do seguinte. Detalhes de cada parte serão dados abaixo.


 



 Componentes do sistema HPLC
(Fonte:https://microbenotes.com/high-performance-liquid-chromatography-hplc/)


Bomba


Nos primeiros estágios do desenvolvimento do HPLC, a bomba era a parte mais importante do sistema. Pode-se dizer que o desenvolvimento do HPLC foi um desenvolvimento do sistema de bomba. Ela fica posicionada na parte mais alta do sistema cromatográfico e gera um fluxo de eluente do reservatório de solvente para o sistema. No início do desenvolvimento da CL, um dos requisitos mais importantes do sistema era a capacidade de gerar alta pressão. Atualmente, no entanto, esse é um requisito “padrão”, sendo a principal preocupação nos dias de hoje a capacidade de fornecer uma pressão estável em qualquer condição, a fim de manter um fluxo controlável e reprodutível, já que uma mudança neste pode influenciar muito a análise.


A maioria das bombas usadas nos sistemas atuais de HPLC gera o fluxo pelo movimento de vai-e-vem de um pistão motorizado (bombas recíprocas). Devido a esse movimento do pistão, são produzidos “pulsos”. Houve grandes melhorias no sistema para reduzir essa pulsação, de modo que as bombas mais recentes geram muito menos pulsos que as antigas. Contudo, as análises mais recentes exigem sensibilidade muito alta para quantificar pequenas quantidades dos analitos e, portanto, mesmo uma variação mínima no fluxo pode influenciar a análise. Sendo assim, as bombas usadas em análises de alta sensibilidade precisam ser altamente precisas.


 Injetor


Um injetor é colocado próximo à bomba. O método mais simples é usar uma seringa e introduzir a amostra no fluxo de eluente. Como a precisão das análises por HPLC é muito afetada pela reprodutibilidade da injeção da amostra, o desenho do injetor é um fator importante. O método mais comum de injeção de amostras baseia-se nos loops de amostragem. Também é largamente usado o sistema de amostrador automático (autoinjetor), que permite injeções repetidas em tempos pré-determinados.


Coluna


A separação se dá no interior da coluna. Portanto, pode-se dizer que ela é o coração do sistema de HPLC.  A teoria da coluna cromatográfica não mudou desde o tempo de Tswett, mas tem havido uma melhoria contínua no desenvolvimento de colunas. As recentes são, com frequência, preparadas em cartuchos de aço inox, ao invés das colunas de vidro usadas no experimento de Tswett. O material de empacotamento normalmente usado é a sílica ou géis poliméricos, em lugar do carbonato de cálcio utilizado por Tswett.


Como eluente usam-se desde solventes ácidos a básicos. A maioria dos cartuchos das colunas é feito de aço inox, pois este é tolerante a uma grande variedade de solventes. Mas para análise de alguns analitos, tais como biomoléculas e compostos iônicos, o contato com metal é indesejável; nesses casos, colunas revestidas com poli-(éter-éter cetona) (PEEK) são utilizadas.


Detector


A separação dos analitos ocorre dentro da coluna e o detector é usado para observar a separação obtida. A composição do eluente é constante quando não há um analito presente. Mas ela é alterada na presença deste. O que o detector faz é medir essas diferenças, que são monitoradas sob a forma de sinais eletrônicos. Existem diversos tipos de detectores no mercado; eles serão explicados na Lição 6.


Registrador



A alteração no eluente detectada pelo detector está sob a forma de um sinal eletrônico e, portanto, não é visível a nossos olhos. Antigamente, registradores com caneta e papel eram populares, mas atualmente o processador de dados computadorizado (integrador) é mais comum. Há vários tipos de processadores de dados; como exemplos, podem ser citados um sistema simples consistindo de uma impressora incorporada e um processador de textos, e um processador tipo computador pessoal com monitor, teclado e impressora. Também há softwares desenvolvidos especificamente para sistemas de HPLC. Eles permitem não apenas a aquisição de dados, mas também ajuste de picos, correção de linha de base, cálculo automático de concentração, determinação de peso molecular, etc.



Os componentes apresentados até aqui constituem o básico de um sistema de HPLC. Abaixo são descritos alguns acessórios opcionais.


Degaseificador




O eluente usado no HPLC pode conter gases invisíveis para nossos olhos, como o oxigênio. Quando isso acontece, a presença desses gases é detectada como um ruído e provoca instabilidade na linha de base. Métodos geralmente usados para degaseificação incluem a difusão (borbulhamento de um gás inerte), uso de aspirador, destilação e/ou aquecimento e agitação. Porém, esses métodos não são convenientes e, além disso, quando o solvente permanece por certo tempo (por ex., durante uma análise longa), o gás volta a se dissolver gradualmente. Um degaseificador utiliza tubos de membrana polimérica especial para remoção de gases. Os numerosos poros minúsculos na superfície do tubo de polímero permitem a passagem do ar, ao mesmo tempo em que evitam a passagem de qualquer líquido pelos poros. Colocando-se esse tubo em um recipiente sob baixa pressão, cria-se uma diferença de pressão dentro e fora do tubo (maior pressão dentro). Essa diferença deixa o gás dissolvido passar pelos poros, removendo-o. Em comparação com a degaseificação em batelada clássica, o degaseificador pode ser usado on-line, é mais conveniente e mais eficiente. A maioria dos novos sistemas de HPLC contêm um degaseificador.



Forno de coluna



A separação no HPLC é, frequentemente, muito influenciada pela temperatura da coluna. Para se obter resultados reprodutíveis, é importante manter condições constantes de temperatura. Além disso, para algumas análises, como as de açúcares e ácidos orgânicos, melhores resoluções podem ser obtidas em temperaturas elevadas (50-80oC). Também é importante manter a temperatura estável para se obter resultados reprodutíveis, mesmo quando a análise é feita em temperatura próxima à ambiente. É possível que pequenas diferenças de temperatura provoquem separações diferentes. Por isso, as colunas são, geralmente, mantidas dentro de um forno (aquecedor de coluna).

Fontes: 

http://www.shodex.net/index.php?lang=9&applic=1472 

https://microbenotes.com/high-performance-liquid-chromatography-hplc/

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