Autor: Andre Luiz Delai
Existe uma computação oculta no mundo, ela quase nunca é notada, é
sorrateira, muito furtiva, mas faz o mundo moderno girar. Através dela,
celulares tocam, brinquedos alegram, automóveis andam, aviões voam e
marcapassos seguem mantendo pessoas cardíacas vivas. Estamos falando dos
sistemas embarcados, os computadores projetados para trabalhar nos
bastidores.
Sistemas embarcados são de longe o maior uso da computação no mundo,
superam em muito o número de PCs, notebooks, servidores e correlatos.
Eles estão por toda parte, no seu telefone, carro, relógio, bicicleta,
roteador Wi-Fi , e agora estarão até mesmo nos seus óculos (vide Google
Glass)!
Creio que todos já ouviram falar em injeção eletrônica de
combustível, mas poucos já realmente viram um módulo em funcionamento.
Isso porque, ao contrário de computadores de propósito geral, a
computação envolvida no controle de fluxo de combustível em um automóvel
trabalha embarcada e com um mínimo de interação com os usuários do
veículo (basicamente através dos pedais e do câmbio do carro). Eles
praticamente nem notam o complexo processo por traz dessa tarefa, nem o
computador responsável por ela. O mesmo pode-se dizer de quando entramos
em um elevador moderno e pressionamos o botão do andar ao qual queremos
chegar. O pressionar de um botão no painel do elevador gera um sinal de
interrupção a ser tratada por um computador, ele então a analisa e
elabora suas paradas levando os passageiros aos seus respectivos
destinos. Eles nem ficam sabendo como isso foi feito ou que decisões
foram tomadas pela máquina no processo.
Sistemas embarcados podem interagir ou não com usuários humanos,
dependendo de seu objetivo. Ao meu ver, o bom sistema embarcado é aquele
que funciona sem ser notado.
Fonte: http://www.hardware.com.br/artigos/sistemas-embarcados-computacao-invisivel/
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